Recebo hoje o email de uma amiga. Ela declara, em uma alegre e despretensiosa constatação: preciso me apaixonar novamente.
Eita que dia desses estava pensando a mesma coisa. E como tem dia que a gente pensa nisso, né?
Pensa num abraço.
Pensa num corpo amigo e companheiro.
Pensa naquele dia em que aquele amor começou.
Sábado, em casa com meus filhos, bateu essa vontade. E fiquei tão feliz por ter essas crianças, sabendo que nunca, nunca, esse amor vai acabar.
E mesmo assim sabendo, que sou sabida, que ninguém, nem filho, pode substituir a necessidade que sentimos de nos apaixonar de novo.
Porque, assim como nós, eles também vão crescer, vão se apaixonar, vão viver histórias, perto ou longe, e não nos é dado o direito de impedir, até porque seria horrível.
Respondi à minha amiga, com toda a certeza do mundo: não há nada mais libertador do que ser capaz de amar. Do que se apaixonar querendo muito ser feliz, mas sem medo de quebrar a cara, porque essa a gente remenda, mas e a alma quando se apaga?
Numa das vezes me descobri apaixonada antes da festa de aniversário do meu filho mais velho. Ah, fazia tanto tempo, ou pouco, sei lá contar isso. Constatei que estava apaixonada enquanto enrolava brigadeiros! E assim que fiz a maravilhosa descoberta, passei uma mensagem para uma amiga de sempre: acho que me apaixonei. e ser capaz de sentir me libertou.
Pois é. A vida liberta.
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