segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Apenas

Não vou pedir desculpas.
Não adiantariam.
Sinto-me estranha, apenas.
Como se uma amiga tivesse razão
E houvesse duas de mim.
O adeus que eu dei doeu.
Mais uma vez.
E me provoca
Por ter sido escolha.
Sinto-me estranha apenas.
Estrangeira no meu corpo
Em minha casa
Entre os meus.
De novo esse afastamento.
De novo um coração ressentido.
Mesmo ele, de perdão.
Sinto-me estranha, apenas.
E a sensação é de perda.
Como se alguém precisasse dizer:
seja gentil.
Então essas lágrimas não se vestem
Elas me despem, desnudam
Mas o que fica é conhecido demais.
Não precisava ser.
Sinto-me estranha, apenas.
Mesmo sem querer.


Carlota.
21112010

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