Dos vícios que carrego
com felicidade está o de ser uma leitora voraz e de beber café. E não me esquentem
a água para um cafezinho instantâneo. Quero um sabor verdadeiro, encorpado, de
um café bem forte, puro, que batizo com pouco açúcar. E, se for com leite, este
deve ser fervente e em maior quantidade, quase um espresso latte. Café
instantâneo me lembra leituras rasas, romance açucarado, personagens sem alma.
Marcar um café pra
falar bobagem ou refletir sobre a vida, vício maior. Hoje me rendi ao
cappuccino com uma amiga. Juntas, dividimos um pão crocante com um recheio que
não vou contar, mas que era acompanhado por um molhinho de mostarda com geléia
delicioso. Assim como nosso encontro inesperado com um grupo do qual sinto
falta. E que estava lá, no mesmo café, o Bogart. À mesa, afogattos, torradas,
antepastos, aromas. E uma sintonia de quem vive e brinda também com café. Alegre a reunião,
porque sem pretensão de acontecer. Relembramos pedidos em
restaurantes, revi Anna Constantino, minha companheira de viagem, e outra de
trabalho, Isabel. Conheci Gabriel.
Lembrou-me o Café com Alma,
de Celina e Mauro, espaço perfeito para os amantes dessa bebida e de comidinhas
inesperadas, como uma tapioca de queijo gouda com geléia de uva que nos
surpreendia pela inusitada e saborosa combinação. Estive neste café em sua última
noite de funcionamento, a convite. Poucos sabiam de seu fechamento, eu não
estava incluída. Confesso: se soubesse que não teria mais a possibilidade de
apreciar a tapioca, o brownie e os frapês espetaculares, incluindo um de
negresco inesquecível, teria pedido um de cada, só pra me despedir.
A amiga, os amigos, o
cappuccino; o local, a noite, a comida, as bobagens. O conjunto me deixou mais
leve naquela noite e hoje também. E vem daí que agradeço a Érica Nunes por ter
aceito o convite feito ainda domingo para o que foi um intervalo prazeroso em
uma noite de quarta-feira, mesmo sabendo que eu teria pouco mais de meia hora
pra curtir o bate papo. Dos vícios que carrego com felicidade está o de estar
sempre em boas companhias. Com ou sem café.
Carlota
01032012
Que lindo!!!!!!!!!!
ResponderExcluirkkkkkkk
E viva o café!!! E a amizade!!!!
E me deu uma vontade de tomar café...rsrsrs
Vamos marcar o próximo e obrigada pelas risadas e um bom bate papo.
abraço
Deu pra notar que eu adorei a noite, né? Faltam as outras duas, recém-chegadas da viagem, sentar lá em casa pra tomar café com bolo quente de laranja. Ah, com você também. Beijo.
ResponderExcluirNunca vi uma descrição de café tão magica. Acho que é a primeira vez que experimento uma leitura com sabor. Tal experiencia despertou em mim aquele gostinho, ora adocicado ora amargo, que só um café bem tomado nos proporciona.
ResponderExcluirCabe ressalvar que por café bem tomado engloba todo um conjunto de clima legal, lugar agradável, companhias ideais, um sonzinho daqueles que faz com que nos percamos por entre a melodia...
Tudo muito agradável !
Massa, Gabriel. Café pra fazer a gente feliz :)
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