quinta-feira, 1 de março de 2012

Café com bobagem


Dos vícios que carrego com felicidade está o de ser uma leitora voraz e de beber café. E não me esquentem a água para um cafezinho instantâneo. Quero um sabor verdadeiro, encorpado, de um café bem forte, puro, que batizo com pouco açúcar. E, se for com leite, este deve ser fervente e em maior quantidade, quase um espresso latte. Café instantâneo me lembra leituras rasas, romance açucarado, personagens sem alma. 

Marcar um café pra falar bobagem ou refletir sobre a vida, vício maior. Hoje me rendi ao cappuccino com uma amiga. Juntas, dividimos um pão crocante com um recheio que não vou contar, mas que era acompanhado por um molhinho de mostarda com geléia delicioso. Assim como nosso encontro inesperado com um grupo do qual sinto falta. E que estava lá, no mesmo café, o Bogart. À mesa, afogattos, torradas, antepastos, aromas. E uma sintonia de quem vive e brinda também com café. Alegre a reunião, porque sem pretensão de acontecer. Relembramos pedidos em restaurantes, revi Anna Constantino, minha companheira de viagem, e outra de trabalho, Isabel. Conheci Gabriel. 

Lembrou-me o Café com Alma, de Celina e Mauro, espaço perfeito para os amantes dessa bebida e de comidinhas inesperadas, como uma tapioca de queijo gouda com geléia de uva que nos surpreendia pela inusitada e saborosa combinação. Estive neste café em sua última noite de funcionamento, a convite. Poucos sabiam de seu fechamento, eu não estava incluída. Confesso: se soubesse que não teria mais a possibilidade de apreciar a tapioca, o brownie e os frapês espetaculares, incluindo um de negresco inesquecível, teria pedido um de cada, só pra me despedir.

A amiga, os amigos, o cappuccino; o local, a noite, a comida, as bobagens. O conjunto me deixou mais leve naquela noite e hoje também. E vem daí que agradeço a Érica Nunes por ter aceito o convite feito ainda domingo para o que foi um intervalo prazeroso em uma noite de quarta-feira, mesmo sabendo que eu teria pouco mais de meia hora pra curtir o bate papo. Dos vícios que carrego com felicidade está o de estar sempre em boas companhias. Com ou sem café.

Carlota
01032012

4 comentários:

  1. Que lindo!!!!!!!!!!
    kkkkkkk
    E viva o café!!! E a amizade!!!!
    E me deu uma vontade de tomar café...rsrsrs
    Vamos marcar o próximo e obrigada pelas risadas e um bom bate papo.
    abraço

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  2. Deu pra notar que eu adorei a noite, né? Faltam as outras duas, recém-chegadas da viagem, sentar lá em casa pra tomar café com bolo quente de laranja. Ah, com você também. Beijo.

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  3. Nunca vi uma descrição de café tão magica. Acho que é a primeira vez que experimento uma leitura com sabor. Tal experiencia despertou em mim aquele gostinho, ora adocicado ora amargo, que só um café bem tomado nos proporciona.
    Cabe ressalvar que por café bem tomado engloba todo um conjunto de clima legal, lugar agradável, companhias ideais, um sonzinho daqueles que faz com que nos percamos por entre a melodia...

    Tudo muito agradável !

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  4. Massa, Gabriel. Café pra fazer a gente feliz :)

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